E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissoluta mente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. (Lucas 15:11-21)
Assim se denominam, palavra que demonstra ingratidão ou revolta, quando assim falam querem dizer , me decepcionei me trataram mal, não me compreenderam.
Desviar-se para eles é fugir de uma situação que não conseguiram encarar por vergonha, mas também significa que o outro lado falhou, não deu tempo ou espaço a ele para falar, para chorar e assim dissipar o sofrimento, curar as feridas e restaurar a vida.
Precisamos começar sempre por uma cura interior, euforia e entusiasmo não cura a dor, pode até amenizar, mas hora ou outra a dor vai retornar e fica mais difícil tentar qualquer tratamento.
Podemos comparar isso a um curativo, fechou-se a ferida, mas não se tirou de lá o que prejudicava.
Muitas vezes vemos pessoas se afastando da fé e não entendemos seus motivos;
Culpamos pelas fraquezas, mas nos omitimos em dizer uma palavra de amor e apoio,
Jesus ensinou que devemos esperar de braços abertos àqueles que se afastam, pois, devemos manter nossos braços e coração abertos para receber com amor estas pessoas que relutam em voltar pela vergonha de admitir que erraram.
O que oprime a vida de quem se afasta é sempre  a vergonha de retornar, a culpa por abandonar o lar os faz sentir medo de mudar o sentido e retornar aos braços de Deus.
Que possamos ser mais amorosos e fazer a nossa parte para que estas pessoas sintam-se amadas e protegidas entre nós.
Que possamos trazê-las de volta ajudá-las com suas vestes novas, limpemos suas feridas, cuidemos delas com amor, para que  se sintam bem recebidas entre nós e jamais queira nos abandonar novamente.
Quantas bolotas o mundo ofereceu depois de tirar delas a alegria, que nós possamos trazer amor e bom alimento  e, claro, fazer uma festa grandiosa pela sua volta, amém?

Pra. Maria do Rocio